REVISTA VEJA (03/09/2011)
Saúde
Novo
programa de imunização terá mais vacinas em uma única injeção
A pentabrasil, ainda em fase de registro na Anvisa,
protege contra hemófilos, pneumococo, difteria, tétano e coqueluche
Redução
das vacinas injetáveis: o objetivo é simplificar a logística, reduzir ao máximo
o número de acidentes e garantir a alta cobertura vacinal (Thinkstock)
O
Programa Nacional de Imunização será alterado em 2012. A ideia é concentrar
mais vacinas em um mesmo produto para reduzir o número de injeções aplicadas
nas crianças. Uma das vacinas combinadas, batizada de pentabrasil, está em
fase de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Desenvolvida pela Fiocruz e pelo Butantã, ela protege contra hemófilos
(causador da meningite em crianças), pneumococo, difteria, tétano e coqueluche.
Uma outra
vacina, ainda em fase final de desenvolvimento, é uma associação da tríplice
viral (sarampo, rubéola e caxumba) com hepatite B, também feita nos
laboratórios públicos brasileiros. A expectativa é incorporar os imunizantes já
no próximo ano. Eles viriam na mesma época da reintrodução da vacina injetável
contra a poliomielite, justamente para neutralizar a chegada de mais um produto
que exige para sua aplicação o uso de seringa e agulha. A preocupação em
limitar as vacinas injetáveis ocorre por três motivos: simplificar a logística,
reduzir ao máximo o número de acidentes e garantir a alta cobertura vacinal.
“O
programa nacional traz vacinas contra várias doenças. "Muitas vezes,
diante do desconforto apresentado pela aplicação de uma delas, pais deixam de
dar o imunizante seguinte previsto no esquema, pensando em poupar a
criança”", conta Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde.
“"Mas, muitas vezes, justamente as que não são aplicadas são as que
protegem contra as doenças mais graves"”, diz.
Dificuldades - Barbosa observa que, além de garantir maior cobertura vacinal, quanto mais vacinas combinadas forem ofertadas, menor a infraestrutura exigida. "“Quando incorporamos um produto, ele não vem sozinho. É preciso pensar em mais seringas, mais agulhas, uma área maior de refrigeração. É uma operação grande, principalmente quando falamos de todo o país. Se conseguirmos fazer vacinas associadas, melhor"”, explica o secretário.
Dificuldades - Barbosa observa que, além de garantir maior cobertura vacinal, quanto mais vacinas combinadas forem ofertadas, menor a infraestrutura exigida. "“Quando incorporamos um produto, ele não vem sozinho. É preciso pensar em mais seringas, mais agulhas, uma área maior de refrigeração. É uma operação grande, principalmente quando falamos de todo o país. Se conseguirmos fazer vacinas associadas, melhor"”, explica o secretário.
A dificuldade
fica estampada na diferença entre as duas campanhas de vacinação. A Sabin, em
gotas, é oferecida em cerca de 115.000 postos de vacinação no Brasil. Nas
campanhas feitas com imunizantes que precisam ser injetáveis, o número de
postos passa para 65.000.
Justamente
por isso, a secretaria comandada por Barbosa está estudando qual será a melhor
estratégia para a mudança na vacina contra pólio. A troca, que já ocorreu em
outros países, é recomendada pelo fato de a vacina injetável ser mais segura:
ela é produzida com vírus morto. A Sabin, por sua vez, é feita com vírus
atenuado - o que traz um risco, embora muito raro, de a criança desenvolver a
doença, chamada pólio vacinal
As mudanças no meio da saúde são ocasionadas pelas próprias atitudes profissionais e sociais, se as mães levassem seus filhos aos postos para tomarem todas as vacinas não somente a de polio, não haveria a necessidade dessa mistura injetável ao mesmo exemplo seria a do jaleco de manga cumprida dos profissionais, se todos fizessem a higienização dos anti-braços {risos} não haveria necessidade.
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