terça-feira, 5 de julho de 2011

HEMOLACRIA - Entenda essa doença rara.


Brasileira que chora sangue intriga os médicos
Um trauma que ela sofreu aos 14 anos, quando morava no Piauí, pode ser a causa do problema 
A garota Débora, de 17 anos, representa um fenômeno raro e difícil de explicar: ela sangra quando chora. O problema começou há cerca de um ano – de acordo com a família dela, os sangramentos começaram primeiro no nariz, depois pela boca e ouvido e finalmente pelos olhos. A menina morava em Cocau, no Piauí, mas foi levada para São Paulo na esperança de encontrar uma resposta para o problema. A adolescente conta que sofre muito com o problema, apesar de não sentir dor. “É difícil para mim, eu não acho que tenho uma vida normal por causa disso. Eu não posso ter uma discussão em família, uma briga. Ou meu irmão joga uma piada, começo a ficar nervosa, começa a sangrar”. O ato de chorar sangue é muito raro, mas já foi estudado pela medicina e recebeu o nome hemolacria. No caso de Débora, os médicos preferem não usar essa palavra, porque ela não chora sangue no lugar das lágrimas, mas sim lágrimas misturadas com sangue. Além disso, muitas vezes o sangramento ocorre mesmo quando Débora não está chorando. Estudos médicos mostram que alguns casos de sangramento pelos olhos e outras partes do corpo podem ser provocados por deficiência na coagulação do sangue ou no sistema circulatório. Outras possibilidades são um tumor no cérebro, uma forte pancada na cabeça ou um trauma emocional. No caso de Débora, os médicos descobriram uma pista importante: um trauma que ela sofreu aos 14 anos, quando morava no Piauí. Ela teria sido agredida pela patroa quando trabalhava como babá. Antonio Carlos Lopes, médico da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que analisou o caso de Débora, diz acreditar que pode haver uma relação entre o sangramento e a agressão que a jovem sofreu no passado. “A impressão que se tem, pelo que ela conta, é que deve existir algum tipo de má formação vascular como consequência do trauma que ela recebeu”. Mas, para fazer um diagnóstico definitivo, ele prefere esperar o resultado final dos exames, que devem ficar prontos nesta semana. Problema já foi registrado no Brasil Casos parecidos com o de Débora já foram registrados no Brasil e no mundo. No ano passado, a agricultora Quitéria Calixto de Lima procurou o Hospital de Caririaçu, no interior do Ceará. Ela sentia fortes dores de cabeça e chorava sangue. Quitéria foi submetida a vários exames. Misteriosamente, nada que explicasse o sangramento foi encontrado. Os médicos recomendaram que a agricultora fosse internada. Ela se recusou e, por isso, a hipótese de fraude ganhou peso. Nos Estados Unidos, Calvino Inman chora sangue há dois anos. Segundo ele, os olhos queimam e o sangue começa a escorrer pelo canal das lágrimas. O jovem, de dezessete anos, vive com a mãe no Estado do Tennessee e faz tratamento para controlar a perda de sangue. Calvino nunca sofreu qualquer trauma ou impacto que pudesse provocar a hemolacria. Até hoje, os médicos não conseguiram descobrir porque ele chora sangue. O caso da indiana Twinkle Dwivedi, de 15 anos, é um dos mais impressionantes. A menina perde sangue pelos olhos e pela pele desde os onze anos de idade. Ela mora com a mãe e as três irmãs em uma pequena cidade no norte da Índia. O pai é ferroviário e quase não fica com a família. Twinkle diz que já chegou a sangrar mais de 50 vezes em um só dia. Mãos, cabeça, pescoço, sola dos pés: a menina sangra pelo corpo todo, de forma inesperada, a qualquer hora. A irmã mais velha conta que Twinkle foi levada ao melhor hospital da cidade. Lá, disseram que ela não tinha nada e que o sangue era apenas uma maneira de chamar a atenção. O caso da garota indiana despertou o interesse de um dos maiores especialistas do mundo em doenças do sangue, o americano George Buchanan. Ele foi até a Índia para examinar a menina. O primeiro encontro entre o médico e a paciente foi no quarto de um hotel. A consulta estava marcada para o dia seguinte, mas o especialista foi chamado às pressas porque a menina estava passando mal. Twinkle reclamava de dores na parte de trás da cabeça: o couro cabeludo dela estava cheio de sangue. O especialista analisou o histórico médico da adolescente, fez testes de coagulação do sangue e exames clínicos. Como não encontrou nada, ele passou a desconfiar de que o sangue no corpo da menina seria falso ou de outra pessoa, mas não era. No dia seguinte, Twinkle voltou a sangrar, dessa vez pelos olhos. O médico foi examiná-la e percebeu que o sangue não saía dos canais lacrimais. Desconfiado, perguntou se Twinkle havia colocado sangue no próprio rosto. Ela disse que não e a mãe ficou irritada. As duas discutiram com o especialista e negaram qualquer tipo de farsa. Depois da longa investigação, o médico levantou a duas hipóteses: a menina teria uma doença jamais vista em outra pessoa e, por isso, ninguém descobriu a causa do sangramento. A segunda hipótese é que a mãe de alguma maneira induziria a filha a sangrar. Até hoje, o caso da menina indiana permanece um mistério. .

2 comentários:

  1. Gostaria de saber se descobriu a causa da doença. Tenho um caso parecido na familia

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  2. Minha filha também chora sangue e os medicos não descobre o que é acho que achei a resposta pra não achar que é mentira pode me chamar no wpp e mostro vídeos e fotos 986760977

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